Primeira Parte
Preconceitos dos filósofos
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A vontade da verdade, que nos poderá levar ainda a muitas aventuras, essa famosa veracidade de que todos os filósofos até agora falaram com veneração, quantos problemas essa vontade da verdade já nos levantou! Quantos problemas singulares, graves e dignos de serem postos! Já é uma longa história – e, no entanto parece que acaba de começar. Que haveria de estranho, se acabássemos por nos tornarmos desconfiados, se perdêssemos a paciência, se nos tornássemos impacientes? Aprendemos, nós também, desssa esfinge a nos questionarmos; quem nos viria aqui precisamente a nos questionar? Que parte de nós mesmos tende à “verdade”? – De fato, nós nos detivemos longamente diante da razão dessa vontade – até que acabamos por nos deter diante de uma pergunta mais importante ainda. Nós nos perguntamos então sobre o valor dessa vontade. Pode ser que desejemos a verdade; por que não haveríamos de preferir a não-verdade? – o problema do valor se apresentou a nós – ou melhor, fomos nós que nos apresentamos a esse problema? Quem de nós aqui é Édipo? Quem, a esfinge? Ao que parece é um verdadeiro encontro de problemas e de questões. – e poder-se-ia crer nisso? No fim das contas, parece que o problema jamais foi colocado até agora, que fomos os primeiros a percebê-lo, a considerá-lo, a assumir o risco de tratar dele. De fato, é um risco a correr e, talvez, o maior de todos.
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Começando. Confesso que quando li esse prarágrafo umas das primeiras coisas que me passaram pela cabeça foi, o que ele quis dizer com Esfinge, e o que Édipo tem haver com tudo isso?
Bom, pra isso serve a internet, aí vai uma breve explicação:
A esfinge era um monstro alado com corpo de mulher e leão que afligia a cidade de Tebas. Primeiramente apresentava aos homens o seguinte enigma: “Que animal anda pela manhã sobre quatro patas, a tarde sobre duas e a noite sobre três?” como nenhum dos homens conseguiu decifrar tal enigma, a esfinge os devorava.
Isso ocorreu até que Édipo, filho de Laio enfrentou a esfinge e conseguiu decifrar seu enigma respondendo: “O homem, pois engatinha na infância, anda ereto na idade adulta e necessita de bengala na velhice.”
Com seu enigma decifrado, a esfinge sofreu uma grande frustração, jogou-se num precipício e pereceu.
Texto retirado do seguinte site:
http://www.brasilescola.com/mitologia/esfinge.htm
Não achei referências sobre o autor. Mas continuando. Vejamos, parece que ele coloca que nós nos pusemos a querer a verdade. Que embora saibamos o grande risco de se tentar buscar a verdade, ainda assim a queremos. Mas ele coloca também a questão sobre de onde vem a vontade de querer a verdade, e porque não querer a não verdade. E que embora os filósofos já venham discutindo há séculos o tema, ele parece sempre novo e pronto para mais provações.
A sim, outra coisa que é falada é sobre o valor da verdade. Quem dá a verdade a veracidade que ela possuí.
Acho que fica evidente, ainda mais comigo praticamente reescrevendo os texto com outras palavras, que esse parágrafo é introdutório. Isso deveria ser evidente, haja vista que se trata do primeiro, haha, mas enfim, já li parte do livro previamente, e garanto que ele se aprofunda de maneira bem interessante nos temas que propõe. Espero logo ter tempo para continuar.
Até mais.
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