Querida dividir aqui o endereço de um blog de quadrinhos de que gosto muito:
http://magiasebarbaridades.blogspot.com/
O cara é genial, fora o jeito à Maurício de Sousa com que desenha. Espero que apreciem tanto quanto eu.

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Após ter passado bastante tempo a ler os filósofos nas entrelinhas e a inspecionar até a raiz das unhas, terminei por me dizer que a maior parte do pensamento consciente deve também ser incluída entre as atividades instintivas, sem excetuar até mesmo o pensamento filosófico. É necessário aqui aprender a julgar de outra forma, como já foi feito com relação à hereditariedade e aos “caracteres adquiridos”. Do mesmo modo que o ato do nascimento tem pouca importância no conjunto do processo hereditário, assim também o fato da “consciência” não se opõe, de uma forma decisiva, aos fenômenos instintivos – a maior parte do pensamento consciente de um filósofo é secretamente governada por seus instintos e forçada a seguir uma via traçada. Atrás da própria lógica e da aparente autonomia de seus movimentos, há avaliações de valores, ou me expremir claramente, exigências físicas que devem servir para a manutenção de um determinado gênero de vida. Afirmar, por exemplo, que o determinado tem mais valor que o indeterminado, a aparência menos valor que a “verdade”: semelhantes avaliações, apesar da importância normativa que têm para nós, não poderiam ser senão avaliações de primeiro plano, uma espécie de tolice, útil talvez para a conservação de seres como nós. Se for admitido, naturalmente, que o homem não é a “medida das coisas”...
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Creio que o que Nietzsche diz aqui é que dentre os inúmeros achismos de um filósofo, suas expêriencias de vida, seus “quereres” (haha) influenciam e muito a sua opinião final, fazendo com sua opinião seja confortável pra o próprio filósofo.
1. Uma pessoa que é boa com você, mas grosseira com o garçom ou empregado, não pode ser uma boa pessoa. (Esta é muito importante. Preste atenção, nunca falha).
2. As pessoas que querem compartilhar as visões religiosas delas com você, quase nunca querem que você compartilhe as suas com elas. (Está cheio de gente querendo te converter!).
3. Ninguém liga se você não sabe dançar. Levante e dance. (Na maioria das vezes quem está te olhando também não sabe! Ta valendo!).
4. A força mais destrutiva do universo é a fofoca. (Deus deu 24 horas em cada dia para cada um cuidar da sua vida e tem gente que insiste em fazer hora-extra!).
5. Não confunda sua carreira com sua vida. (Aprenda a fazer escolhas!).
6. Jamais, sob quaisquer circunstâncias, tome um remédio para dormir e um laxante na mesma noite. (Quem escreveu deve ter conhecimento de causa!).
7. Se você tivesse que identificar, em uma palavra, a razão pela qual a raça humana ainda não atingiu (e nunca atingirá) todo o seu potencial, essa palavra seria 'reuniões'. (Onde ninguém se entende.....)
8. Há uma linha muito tênue entre 'hobby' e 'doença mental'. (Ouvir música é hobby... No volume máximo às sete da manhã pode ser doença mental!).
9. Seus amigos de verdade amam você de qualquer jeito. (Que bom!)
10. Lembre-se: nem sempre os profissionais são os melhores. Um amador construiu a Arca. Um grande grupo de profissionais construiu o Titanic. (É Verdade!).
Uma última, mas não menos sábia.
'Guardar ressentimentos é como tomar veneno e esperar que outra pessoa morra.'
Willian Shakespeare.
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“Como uma coisa poderia nascer de seu contrário? Por exemplo, a verdade do erro? Ou a vontade do verdadeiro da vontade do erro? O ato desinteressado do egoísta? Ou como a contemplação pura e radiante do sábio nasceria da cobiça? Semelhantes origens são impossíveis; seria loucura pensar nisso, até pior. As coisas de mais alto valor devem ter outra origem, uma origem que lhes seja peculiar – não poderiam ter saído desse mundo passageiro, falaz, ilusório, desse labirinto de erros e de desejos! É, pelo contrário, no seio do ser, no imutável, na divindade oculta, na “coisa em si” que se deve encontrar sua razão de ser e não em qualquer outro lugar!”
Essa forma de apreciar constitui o preconceito típico com o qual são realmente reconhecidos os metafísicos de todos os tempos. Essas avaliações se encontram na base de todos os seus procedimentos lógicos; é a partir dessa “crença” que se esforçam para atingir seu “saber”, para alcançar alguma coisa que , finalmente, é solenemente proclamada “verdade”. A crença fundamental dos metafísicos é a crença na oposição dos valores. Os mais instruidos dentre eles jamais pensaram em levantar dúvidas desde o início, quando isso teria sido mais necessário: ainda que tivessem feito voto de “omnibus dubitandum” (Expressão latina que quer dizer: deve-se duvidar de tudo [N. do T.]). Pode se perguntar, com efeito, primeiramente se de uma forma geral, existem contrários e, em segundo lugar, se as avaliações e as oposições que o povo criou para criar os valores, aos quais a seguir os metafísicos colocaram sua marca, não são talvez avaliações superficiais, perspectivas momentâneas, projetadas, dir-se-ia, do fundo de um canto, talvez de baixo para cima, perspectivas de rã, de algum modo, para empregar uma expressão familiar aos pintores? Qualquer que seja o valor que se atribua ao verdadeiro, ao verídico, ao desinteressado, poderia muito bem acontecer que se devesse atribuir à aparência, à vontade de enganar, ao egoísmo e à cobiça, um valor superior e mais fundamental para toda a vida. Além, do mais, seria ainda possível que aquilo que constitui o valor dessas coisas boas e reverenciadas consistisse precisamente em que elas são aparentadas, ligadas e emaranhadas de uma forma insidiosa e talvez até mesmo idênticas às coisas más, aparentemente contrárias. Talvez! – mas quem, portanto, se ocuparia de um tão perigoso “talvez”! É preciso esperar, para isso, a chegada de uma nova espécie de filósofos, daqueles que são animados de um gosto diferente, qualquer que seja, de um gosto e de uma inclinação que difeririam totalmente daqueles que estiverem em curso até aqui – filósofos de um perigoso “talvez”, sob todos os aspectos. E para falar seriamente: já os vejo chegando, esses novos filósfos.
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Falaz: adj. Enganador, ardiloso, fraudulento, ilusório: argumento falaz.
No primeiro parágrafo Nietzsche começa se perguntando a origens das, como eu entendo, vontades. Perguntando-se se uma vontade pode ter sua origem em seu contrário. Mas diz logo em seguida não é isso o que acontece, que essas vontades existem por si só.
Antes de começar o segundo parágrafo, mais um dados que considero útil.
Metafísica: em resumo, a Metafísica trata de problemas sobre o propósito e a origem da existência e dos seres. Especulação em torno dos primeiros princípios e das causas primeiras do ser. Muitas vezes ela é vista como parte da Filosofia, outras, se confunde com ela. (para mais detalhes: http://pt.wikipedia.org/wiki/Metafísica, é claro)
Perspectiva de rã é uma técnica de desenho ou fotografia, por exemplo: http://fotot.jarvenpaa.net/en/0000000109 .
Vejamos, o que a é colocado no começo do segundo parágrafo é que os metafísicos, apesar de terem se colocado a obrigação de duvidar de tudo, não questionam esse princípio de contrários, usam-no como uma regra. Mas coloca logo em seguida a questão, se essas observações foram feitas com calma, se esta definição de contrário talvez tenha surgido de uma epifania de um grego sentado sobre uma pedra, que em certo momento gritou: aha! É isso, e ponto.
E de fato, no meu ver, como Nietzsche continua, que os valores de cada vontade possam ser iguais, e não contrários, que simplesmente os tratamos como diferentes por suas “aparência”.
E o parágrafo termina com um quase desejo do surgimento de novos filósofos, que não aceitam efetivamente nada como certo ou fundamental. Nietzsche acredita que eles estão aparecendo, eu não sou um estudioso dessa área, só um curioso, portanto, até aqui não ouso supor quem possam ser esses filósofos.
O que mais as espanta é que, de repente, elas percebem que já são balzaquianas. Mas poucas balzacas leram A Mulher de Trinta, de Honoré de Balzac, escrito há mais de 150 anos. Olhe o que ele diz:
'Uma mulher de trinta anos tem atrativos irresistíveis. A mulher jovem tem muitas ilusões, muita inexperiência. Uma nos instrui, a outra quer tudo aprender e acredita ter dito tudo despindo o vestido. (...) Entre elas duas há a distância incomensurável que vai do previsto ao imprevisto, da força à fraqueza. A mulher de trinta anos satisfaz tudo, e a jovem, sob pena de não sê-lo, nada pode satisfazer'.
Madame Bovary, outra francesa trintona, era tão maravilhosa que seu criador chegou a dizer diante dos tribunais: 'Madame Bovary c'est moi'. E a Marilyn Monroe, que fez tudo aquilo entre 30 e 40?
Mas voltemos a nossa mulher de 30, a brasileira-tropicana, aquela que podemos encontrar na frente das escolas pegando os filhos ou num balcão de bar bebendo um chope sozinha. Sim, a mulher de 30 bebe. A mulher de 30 é morena. Quando resolve fazer a besteira de tingir os cabelos de amarelo-hebe passa, automaticamente, a ter 40. E o que mais encanta nas de 30 é que parece que nunca vão perder aquele jeitinho que trouxeram dos 20. Mas, para isso, como elas se preocupam com a barriguinha!
A mulher de 30 está para se separar. Ou já se separou. São raras as mulheres que passam por esta faixa sem terminar um casamento. Em compensação, ainda antes dos 40 elas arrumam o segundo e definitivo.
grande maioria tem dois filhos. Geralmente um casal. As que ainda não tiveram filhos se tornam um perigo, quando estão ali pelos 35. Periga pegarem o primeiro quarentão que encontrarem pela frente. Elas querem casar.
Elas talvez não saibam, mas são as mais bonitas das mulheres. Acho até que a idade mínima para concurso de miss deveria ser 30 anos. Desfilam como gazelas, embora eu nunca tenha visto uma (gazela). Sorriem e nos olham com uns olhos claros. Já notou que elas têm olhos claros? E as que usam uns cabelos longos e ondulados e ficam a todo momento jogando as melenas para trás? É de matar.
O problema com esta faixa de idade é achar uma que não esteja terminando alguma tese ou TCC. E eu pergunto: existe algo mais excitante do que uma médica de 32 anos, toda de branco, com o estetoscópio balançando no decote de seu jaleco diante daqueles hirtos seios? E mulher de 30 guiando jipe? Covardia.
A mulher de 30 ainda não fez plástica. Não precisa. Está com tudo em cima. Ela, ao contrário das de 20, nunca ficou. Quando resolve, vai pra valer. Faz sexo como se fosse a última vez. A mulher de 30 morde, grita, sua como ninguém. Não finge. Mata o homem, tenha ele 20 ou 50. E o hálito, então? É fresco. E os pelinhos nas costas, lá pra baixo, que mais parecem pele de pêssego, como diria o Machado se referindo a Helena, que, infelizmente, nunca chegou aos 30?
Mas o que mais me encanta nas mulheres de 30 é a independência. Moram sozinhas e suas casas têm ainda um frescor das de 20 e a maturidade das de 40. Adoram flores e um cachorrinho pequeno. Curtem janelas abertas. Elas sabem escolher um travesseiro. E amam quem querem, à hora que querem e onde querem. E o mais importante: do jeito que desejam.
São fortes as mulheres de 30. E não têm pressa pra nada. Sabem aonde vão chegar. E sempre chegam.
Chegam lá atrás, no Balzac: 'A mulher de 30 anos satisfaz tudo'.
Ponto. Pra elas.
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Coloquei este texto afim de homenagear as "trintonas" que conheci e que são assim, e desejar que as que hoje tem seus vinte e poucos, cheguem lá como elas.
O texto é de Mario Prada e a ilustração de Rodrigo Pereira e podem ser conferidos no seguinte link:
http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,,EPT670368-2813,00.html
Primeira Parte
Preconceitos dos filósofos
1
A vontade da verdade, que nos poderá levar ainda a muitas aventuras, essa famosa veracidade de que todos os filósofos até agora falaram com veneração, quantos problemas essa vontade da verdade já nos levantou! Quantos problemas singulares, graves e dignos de serem postos! Já é uma longa história – e, no entanto parece que acaba de começar. Que haveria de estranho, se acabássemos por nos tornarmos desconfiados, se perdêssemos a paciência, se nos tornássemos impacientes? Aprendemos, nós também, desssa esfinge a nos questionarmos; quem nos viria aqui precisamente a nos questionar? Que parte de nós mesmos tende à “verdade”? – De fato, nós nos detivemos longamente diante da razão dessa vontade – até que acabamos por nos deter diante de uma pergunta mais importante ainda. Nós nos perguntamos então sobre o valor dessa vontade. Pode ser que desejemos a verdade; por que não haveríamos de preferir a não-verdade? – o problema do valor se apresentou a nós – ou melhor, fomos nós que nos apresentamos a esse problema? Quem de nós aqui é Édipo? Quem, a esfinge? Ao que parece é um verdadeiro encontro de problemas e de questões. – e poder-se-ia crer nisso? No fim das contas, parece que o problema jamais foi colocado até agora, que fomos os primeiros a percebê-lo, a considerá-lo, a assumir o risco de tratar dele. De fato, é um risco a correr e, talvez, o maior de todos.
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Começando. Confesso que quando li esse prarágrafo umas das primeiras coisas que me passaram pela cabeça foi, o que ele quis dizer com Esfinge, e o que Édipo tem haver com tudo isso?
Bom, pra isso serve a internet, aí vai uma breve explicação:
A esfinge era um monstro alado com corpo de mulher e leão que afligia a cidade de Tebas. Primeiramente apresentava aos homens o seguinte enigma: “Que animal anda pela manhã sobre quatro patas, a tarde sobre duas e a noite sobre três?” como nenhum dos homens conseguiu decifrar tal enigma, a esfinge os devorava.
Isso ocorreu até que Édipo, filho de Laio enfrentou a esfinge e conseguiu decifrar seu enigma respondendo: “O homem, pois engatinha na infância, anda ereto na idade adulta e necessita de bengala na velhice.”
Com seu enigma decifrado, a esfinge sofreu uma grande frustração, jogou-se num precipício e pereceu.
Texto retirado do seguinte site:
http://www.brasilescola.com/mitologia/esfinge.htm
Não achei referências sobre o autor. Mas continuando. Vejamos, parece que ele coloca que nós nos pusemos a querer a verdade. Que embora saibamos o grande risco de se tentar buscar a verdade, ainda assim a queremos. Mas ele coloca também a questão sobre de onde vem a vontade de querer a verdade, e porque não querer a não verdade. E que embora os filósofos já venham discutindo há séculos o tema, ele parece sempre novo e pronto para mais provações.
A sim, outra coisa que é falada é sobre o valor da verdade. Quem dá a verdade a veracidade que ela possuí.
Acho que fica evidente, ainda mais comigo praticamente reescrevendo os texto com outras palavras, que esse parágrafo é introdutório. Isso deveria ser evidente, haja vista que se trata do primeiro, haha, mas enfim, já li parte do livro previamente, e garanto que ele se aprofunda de maneira bem interessante nos temas que propõe. Espero logo ter tempo para continuar.
Até mais.